Marituba tem índice zero de mortalidade materna no município

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Glauci Ribeiro ressalta a importância do acompanhamento às mulheres durante toda a gestação

Desde 2019, Marituba, na Região Metropolitana de Belém, não registrou nenhum caso de morte de mulheres envolvendo a gravidez. Este é um dado a se comemorar neste dia 28 de maio, quando transcorre o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna. Por outro lado, o Pará possui o maior índice de mortalidade materna no País.

Marituba faz parte da Rede Cegonha, uma estratégia do Ministério da Saúde para a implementação de uma rede de cuidados às mulheres, dando assistência, garantindo o direito ao planejamento reprodutivo, a uma atenção humanizada durante a gravidez, o parto e puerpério.

A coordenadora da Atenção Básica à Saúde da Mulher e da Criança da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), Glauci Ribeiro, explica que a rede municipal capta as gestantes logo nos primeiros meses de gravidez, quando elas recebem a Caderneta da Gestante, um instrumento fundamental para o registro de todos os procedimentos e exames realizados. O documento serve para monitorar a evolução da gestação.

Nestes primeiros meses de 2021, cerca de 600 mulheres estão cadastradas e atendidas pela rede da atenção básica do município. Ao ingressar no sistema, a grávida garante o direito às consultas e exames necessários para o acompanhamento durante todo o período da gravidez.

Karla está grávida de sete meses

“Mesmo no período da pandemia, todas as gestantes receberam atendimento e mesmo as que foram positivadas com a Covid-19 puderam ser acompanhadas durante o tratamento”, explicou a coordenadora.

Glauci ainda explica que devido ao protocolo de combate à Covid-19, os grupos de gestantes foram realizados de forma virtual através de whatsapp. Estes grupos são desenvolvidos com a finalidade de complementar o atendimento realizado nas consultas, melhorar a aderência das mulheres aos hábitos considerados mais adequados, diminuir ansiedades e medos relativos à gestação.

“Faço meu pré-natal na UBS (Unidade Básica de Saúde) Nossa Senhora da Paz desde o ano passado. Com a nova gestão, não tenho o que reclamar, estou amando tudo. As enfermeiras são gentis e o posto muito organizado”, destacou a jovem Karla Lima, de 20 anos. Ela está grávida de sete meses e é moradora do bairro São José.

No ano de 2020, o Pará registrou 99 mortes de mulheres envolvendo a gravidez. As altas taxas atingem, principalmente, mulheres de classes sociais menos favorecidas e com menor acesso aos serviços de saúde. Considera-se morte materna os óbitos ocorridos durante a gestação ou até 42 dias após o término desta, independentemente da duração ou da localização da gravidez.

Texto: Márcio Flexa

Fotos: Aline Carvalho e acervo pessoal

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