Círio do Menino Deus de Marituba comemora a fé no padroeiro: o próprio Deus

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Pe. Ederaldo da Mata: há 05 anos é pároco da igreja do Menino Deus

A maior festa católica do município de Marituba, o Círio do Menino Deus, neste ano de 2021, realiza sua 65ª edição. A festividade encerra neste dia 25 de dezembro, data em que se celebra o Círio do Menino Deus.

Nestes 09 dias de festa, a comunidade católica de Marituba participou de missas, novenas e adorações ao Santíssimo Sacramento e renovou sua fé no padroeiro.

O monumento que marca a fé no padroeiro

A história da festividade do Menino Deus tem origem na Estrada de Ferro Belém Bragança. Os moradores que vinham de fora para trabalhar na ferrovia começaram a povoar a cidade, na segunda metade do século XIX.

A chegada dos operários, vindos de outras regiões, e que povoaram a vila, deu origem às primeiras manifestações religiosas no local.  O padre Ederaldo Da Mata, pároco da Igreja do Menino Deus, explica que a festividade, que acontece há 65 anos, antecede a existência do município, que possui 27 anos de emancipação. “ A vila surge sob a benção do Menino Deus”, destaca o padre.

Inicialmente a procissão saía da Escola Salesiana do Trabalho, em Ananindeua, porque a vila pertencia a este município e era ligada a Paróquia de Nossa Senhora das Graças. A então Paróquia do Menino Deus era apenas uma capela ligada à paroquia Nossa Senhora das Graças. Há 65 anos, mais exatamente em 1956, a capela passa a ser paróquia e então surge o Círio do Menino Deus como é celebrado até os tempos atuais.

“O Menino Deus passa então a ser o padroeiro de uma paróquia que vive de si mesma e se fortalece com o crescimento da Vila”, explica o padre Ederaldo.

Com a passagem do status de igreja para “Paróquia de Menino Deus”, foram criadas outras capelas como a do Bom Pastor, de São Marcos e das Vitórias.

O pároco comenta que existem relatos de fé de antigos moradores referentes à proteção que o Menino Deus exerce sobre eles.

Com as mudanças, o Círio passa a sair do Uriboca, na Paróquia de São Marcos. “Nós percebemos que o percurso da procissão passava por empresas e que estavam fechadas durante a procissão e que não alcançavam os fiéis”, disse.

Houve um estudo e o Círio passa a sair da Paróquia do Bom Pastor.  A Festividade do Menino Deus encerra o calendário anual de festividades católicas no Estado.

“Primeiro veio a igreja, depois veio a cidade, e a igreja nasce da reunião em torno da palavra que vai crescendo. Torna-se capela e após paróquia”, relata o pároco.

Toda esta área então denominada Praça Matriz de Marituba, pertencia à igreja, e foi sendo habitada aos poucos. Embora denominada Praça Antônio Perdigão Bastos, todos a conhecem carinhosamente como Praça Matriz. Como marco religioso, foi construído o monumento do Menino Deus para que todos aqueles passassem, soubessem que “Ele” é o padroeiro do município.

“Na igreja cristã, tudo nasce em Jesus Cristo e converge para Jesus Cristo: nossas orações, nossas devoções, nossos santos, as santas e os milagres. A própria Virgem Maria o “É” em virtude do filho”, explica o padre Ederaldo. “Nós somos entregues ao Menino Deus que é Deus, que com o Pai e o Espirito Santo é um só Deus, o Deus verdadeiro”, concluiu.

Ter o Menino Deus como padroeiro é um privilégio para Marituba porque o município de celebra a última festa de padroeiro do calendário católico no Estado. “Ao todo, são 97 paróquias, e nós fechamos o ciclo de festividade com o próprio Menino Deus, no dia de seu nascimento, dia 25 de dezembro’, explica o padre.

Em Marituba, segundo o IBGE, 71,05% da população é católica. O censo de 2010 do IBGE, aponta que a população residente por religião é estimada em: 65.253 católicos, 34.251 evangélicos, 436 espíritas.

“A cada ano vem aumentando o número de ex-votos. Se eles estão ali dando este testemunho, é uma prova de que existem graças alcançadas. Ao mesmo tempo, a paróquia recebe muitas orações de gratidão que são colocadas nos pés do Menino Deus durante os 9 dias de festa. A fé está sempre ligada a algo que Deus Concede. A fé provoca os seus milagres.  E neste período de pandemia, o maior milagre de todos é estarmos vivos”, concluiu o padre.

Da Redação Comus 

Fotos: Ary Brito, Patrik Santos, e divulgação Paróquia do Menino Deus

 

 

 

 

 

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