Nesta terça-feira (08) é comemorado o Dia Internacional da Mulher. A data celebra as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres ao longo dos anos.

Apesar de ainda existir muito o que se fazer com relação as políticas destinadas a mulheres, vivemos uma realidade bem diferente daquela vivida em 1917 graças a manifestação de mais de 90 mil mulheres russas por melhores condições de vida e de trabalho. As longas jornadas de trabalho, baixos salários e a discriminação de gênero eram os principais pontos da manifestação.

Técnica de Enfermagem Lourena Araújo

Atualmente, continuamos lutando e almejando por muito mais. Como o exemplo da jovem técnica de enfermagem, Lourena Araújo, 28 anos, que durante o início da pandemia da Covid-19, em 2020 – mandato da antiga gestão – organizou um protesto na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Eládio Soares por melhores condições de trabalho.

Lourena conta que dentre as normas do local era comum a reutilização de materiais como capotes (avental cirúrgico) e máscaras de proteção. “Neste momento todos nós, profissionais de saúde, estávamos expostos a uma doença que nem conhecíamos direito. Muitos adoeceram e tínhamos que trabalhar mesmo apresentando atestado médico, foi quando organizei o protesto que teve o apoio de todos os profissionais da UPA e alguns do Hospital Augusto Chaves”, explicou.

A jovem conta que na gestão atual trabalha como técnica em enfermagem na Unidade de Saúde Nova Marituba e mesmo com sua intensa rotina no dia a dia, se dividindo entre o trabalho e a criação solo de suas filhas, Agata e Lua Araújo, recentemente alcançou a sua tão sonhada vaga no curso de medicina na Universidade Federal do Pará (UFPA).

“Foram quatro anos de muita luta para chegar a conquista da minha vaga. Eu costumava estudar nos intervalos dos meus plantões. Sempre que tinha um tempinho sentava para estudar minhas apostilas e fazia cursinho pré-vestibular de forma online e em casa estudava a noite quando as minhas filhas estavam dormindo”, afirma.

A futura médica deixa um recado para todas as mulheres do município. “As mulheres podem sim conseguir o que elas querem independentemente da idade, da posição ou classe social o importante é consegui. Eu tentei quatro anos e consegui a minha vaga na UFPA. Algumas pessoas tentam menos e outras tentam mais, o importante é não desistir”, pontua.

A chaveira Ana Almeida

Força – Trabalhando desde os 16 anos no Mercado Central de Marituba, Ana Almeida, 50 anos é outro exemplo que corre atrás dos seus sonhos. Ela conta que conheceu o seu esposo no Mercado de Marituba, se casou aos 19 anos e em seguida teve dois filhos. “Mesmo com a minha família formada continuei trabalhando, porque é o que gosto de fazer, gosto de ter uma vida ativa. Cuidar da minha família, mas também sair para trabalhar”, disse.

“A gente construiu a primeira loja de chaveiro do município. Eu sempre quis ter um empreendimento meu e recebi da minha sogra a ideia de aprender a fazer chave com o tempo o meu marido também veio trabalhar comigo e atualmente tudo o que temos vem do nosso ofício”, afirma.

Além do seu empreendimento na fabricação de chaves, atualmente Ana é administradora do mercado e deixa uma mensagem a todas as mulheres. “O que eu posso dizer é que todas nós temos capacidade de lutar e alcançar grandes objetivos. Arregace suas mangas e trabalhe, cuide dos seus filhos e lembre-se de cuidar de si mesma”, ressalta.

Implementação do programa Melhor em Casa

O município conta com a primeira mulher eleita prefeita, fruto de uma grande evolução com relação a representatividade feminina na política, e tem obtido grandes resultados com uma mulher à frente da gestão municipal em todas as áreas do município.

Reforma de 13 escolas, recuperação asfáltica de várias ruas implementação do Centro Especializado em Reabilitação (CER III) e do Programa Melhor em Casa que realiza visitas na residência de pacientes com doenças graves e agudas e uma forte política de imunização contra a Covid-19 incentivando a imunização a todos que fazem parte do público-alvo são exemplos de uma gestão realizada com esmero de uma mulher à frente da política.

Da Redação Comus

Fotos: Rodolfo Barros  Tchelo Figueiredo

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