Visando identificar antecipadamente possíveis casos de Hanseníase, a Universidade Federal do Pará em parceria com a Prefeitura de Marituba e apoio da Vale S.A. realizou nesta manhã (10) uma ação na escola Santo Amaro, no bairro Riacho Doce. Além da ação na escola, a universidade realiza ainda, durante esta semana, uma varredura em algumas residências do município a fim de identificar casos da doença e iniciar o quanto antes o tratamento.

Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Hansenologia e professor da UFPA, Claúdio Salgado, o projeto de varredura para a identificação de possíveis casos de Hanseníase é realizado em três municípios. “No Pará, o projeto é realizado em Marituba e no Maranhão acontece em Imperatriz e no Maranhão. A ideia é primeiro examinar as pessoas nas suas casas de acordo com dados estatísticos de bairros onde existam mais casos da doença”, afirma.

Coleta de material para avaliação

A ação na escola é o segundo passo da varredura que iniciou com uma palestra sobre a doença aos alunos e pais de alunos e em seguida com a coleta de dados e de material biológico das crianças que tenham recebido autorização dos pais. “É realizado o exame de sangue que vai indicar se a pessoa tem o contato com o bacilo causador da doença e o PCR que é a raspagem de uma área atrás da orelha. Este segundo exame identifica se a pessoa está com a doença ou não”, disse.

A terceira etapa da ação é a visita na residência das crianças que tenham testado positivo para orientar e realizar testagem dos familiares para identificar se outros familiares também possuem a doença e ainda encaminhá-los para acompanhamento na unidade de saúde mais próxima.

Para a coordenadora do Programa de Controle a Hanseníase em Marituba, Nasaré Monteiro, o projeto de varredura para identificação da Hanseníase é de suma importância pois visa identificar a hanseníase da forma mais precoce possível, identificando casos sem grandes sequelas.

“A hanseníase é uma doença que afeta pele e nervos e um dos sintomas característicos dela é a perda da sensibilidade. Por isso fazemos um apelo, se você tem um parente que possui hanseníase ou que já teve, procure uma unidade de saúde mais próxima da sua residência. Dessa forma é possível identificar a doença mais rápido e curá-la com maior rapidez”, comenta a coordenadora.

Ela esclarece ainda que assim que a pessoa inicia o tratamento já não há mais a transmissão da doença.

Coleta de sangue

Marcia Cristina foi uma das mães que levou seu filho José Pedro, 7 anos, para realizar o teste. “Eu acho muito importante ações como essas que vão identificar possíveis casos da doença pois dessa forma é possível iniciar o tratamento já na fase inicial. Esses exames são complexos e alguns é de difícil acesso, então achei muito legal esta iniciativa”, disse.

 

Da Redação Comus

Fotos: Ary Brito

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