Mulheres na linha de frente do combate à Covid-19 enfrentam a pandemia com competência e amor

0

Fernanda Lima é coordenadora de Enfermagem da UPA

Por muitos e muitos anos, as mulheres precisaram lutar para conquistar espaço no meio social, na política, no mercado, entre outros. No trabalho, lutaram por jornadas mais justas, contra os baixos salários e a discriminação de gênero. Atualmente, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), as mulheres representam 50% da força total de trabalho no Brasil.

No município de Marituba, elas têm se destacado também na área da saúde, assumindo a linha de frente no enfrentamento à pandemia provocada pela Covid-19. A doença, que surgiu há um pouco mais de um ano, atingiu milhões de pessoas em todo o País. “Ainda estamos vivendo o auge da pandemia, são muitos pacientes sendo atendidos todos os dias na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), por exemplo”, afirma a coordenadora de Enfermagem da UPA Eládio Soares, Fernanda Lima. A unidade atua como porta aberta para o atendimento de pacientes com suspeita da doença.

A enfermeira explica que o procedimento, quando chega um paciente com suspeita de Covid-19 à UPA, é o seguinte: ele é acolhido na classificação de risco e encaminhado para uma ala especifica, onde realiza exames e aguarda o resultado. “Se confirmado [que o paciente está com a Covid-19], a gente automaticamente faz a transferência para o Hospital Augusto Chaves (Urgência e Emergência de Marituba) ou Hangar”, detalha.

Proteção – “No início, foi difícil porque não estávamos preparados para uma pandemia. Depois, foram surgindo os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), a gente foi se equipando melhor, novos protocolos foram determinados e, assim, a gente começou a tomar as atitudes corretas”, conta a enfermeira Milena Maciel, que faz parte da equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Marituba.

A enfermeira explica que a equipe chegou a fazer até quatro transferências de pacientes com Covid-19, por plantão, para o Hangar ou Hospital Abelardo Santos. “Nós, como seres humanos, sentimos muito a perda de colegas, paciente e familiares. É muito triste a gente se deparar cotidianamente com certas situações”, lamenta.

Milena, à direita, se sente realizada com o trabalho de transportar pacientes

Apesar dos momentos tristes, Milena se diz muito satisfeita com o trabalho de transportar pacientes: “É gratificante a gente prestar o nosso serviço e saber que aquele paciente que a gente ajudou venceu a Covid-19, por exemplo”.

Vacinação – Já a acadêmica de enfermagem e voluntária da equipe de imunização contra a Covid-19, Aline Teixeira, leva diariamente a vacinação à casa de vários idosos do município no, chamado, posto volante de vacinação. Ela conta que em muitos casos esses idosos se encontram acamados ou possuem dificuldade de locomoção, daí a importância do posto volante.

Para ela, ministrar a vacina contra o Coronavírus é um marco. “Eu me sinto muito honrada. É emocionante poder levar a esperança a muitas famílias”, afirma. A acadêmica de enfermagem conta que teve Covid-19 e foi atendida no Hospital de Urgência e Emergência do município. “Eu cheguei a ter 40 graus de febre, passei mal e fui levada para o Hospital de Urgência e Emergência para receber cuidados. Essa doença é muito grave, e, da mesma forma que eu fui beneficiada, quero que esse benefício chegue a outras pessoas também”, concluiu.

Aline já teve Covid-19 e ressalta a importância da vacina

 

 

 

 

 

 

 

 

Texto: Aline Carvalho

Fotos: Ary Brito, Vitor Dagort e Aline Carvalho

Os comentários estão fechados.

Acessibilidade