A médica-veterinária Giovana Leite, 42 anos, exerce sua profissão há 10 anos com muita dedicação e amor. Atualmente ela trabalha no projeto AUmigos, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma). Hoje, 09 de setembro, Giovana está comemorando o seu dia, o dia do médico veterinário no Brasil. Foi neste dia, que Getúlio Vargas assinou o Decreto nº 23.133, que regulamentou o trabalho desse profissional no país.
A médica explica que é sempre um desafio atuar nesta área. As dificuldades diárias são muitas, mas ela ressalta que ama o que faz. “Tem que ter muita dedicação e amor, pois os desafios são diários. Eu estou nesta lida há 10 anos e estou sempre passando por um processo de transformação”, comenta.
Giovana explica que os médicos veterinários são comparados aos pediatras. Ela comenta que são os tutores que conhecem bem os seus animais e o que eles sentem, porém, muitas vezes, quando o animal vai para uma consulta, quem o acompanha não é o tutor que realmente conhece o animal. “O desafio então passa a ser maior, pois quem vai ‘falar’ com a gente é o próprio animal”, explica.
Neste caso a médica fala que é feito uma anamnese para fechar um diagnóstico. A anamnese consiste no histórico de todos os sintomas narrados sobre o paciente. “Eu tenho que me cercar sobre todos os detalhes possíveis e fazer uma boa aferição de um quadro aproximado para chegar até um diagnóstico”.
A médica veterinária comenta que um caso emblemático nestes 10 anos de profissão foi de um animal que chegou ao consultório com um quadro de cinomose e que ela conseguiu reabilitar. A cinomose é uma doença canina viral e altamente contagiosa que pode levar à morte ou deixar graves sequelas nos cachorros que se curam dela. “A doença é um desafio clínico para nós e não existe uma fórmula mágica para tratá-la”, destacou.
Com o tempo, o papel do veterinário na sociedade foi sendo ainda mais requisitado. Além do aumento do número de animais de estimação, como cães e gatos, que também levou a uma procura maior do “médico de bichos”, a parte sanitária também passou a ser mais considerada. Daí a importância deste profissional.
AUmigos – É um programa de proteção aos animais, por meio do qual são realizadas iniciativas gratuitas para o bem-estar e saúde dos animais de estimação.
Desde que foi criado, em fevereiro deste ano, o projeto já atendeu quase 500 animais de estimação e já disponibilizou para adoção responsável mais de 50 animais.
Através do projeto, a população de baixa renda de Marituba conta agora com atendimento veterinário gratuito. Toda quarta-feira são distribuídas 10 senhas para o atendimento. Para ter acesso basta agendar através do WhatsApp, pelo número (91) 98890-1914. O atendimento é feito feito pelos veterinários do Polo Ambiental e também por profissionais oriundos de uma parceria entre a Prefeitura de Marituba e o curso de medicina veterinária da Universidade da Amazônia (Unama).
Para combater os maus tratos, a Semma ativou um número de atendimento e tem recebido denúncias. As denúncias de abandono e maus tratos podem ser feitas através do número (91) 98966-7443.
No Polo Ambiental de Marituba, fica localizado o abrigo de animais que foram recolhidos graças ao “Disque Denúncia”. Depois de receberem todos os cuidados, os animais vão para as Feiras de Adoção. A adoção é feita de forma responsável onde os tutores assinam um termo de compromisso e recebem periodicamente a visita dos técnicos da Semma para monitorar a saúde dos animais.
Texto: Comus Marituba
Fotos: Ary Brito