Na manhã desta segunda-feira, o auditório da EMATER, em Marituba, foi palco da Oficina de Letramento Racial e Enfrentamento ao Racismo Institucional, evento voltado a servidores públicos e representantes da sociedade civil.
A iniciativa, promovida pela SEMASC em parceria com outras instituições, buscou capacitar os participantes, estimular reflexões estratégicas e reforçar o compromisso com a construção de uma sociedade antirracista.
Com uma programação que incluiu acolhimento, apresentações culturais, palestras e debates, o evento destacou a importância do letramento racial como ferramenta para desenvolver uma consciência social. “O letramento racial nos capacita a compreender como devemos tratar as pessoas, combatendo práticas racistas e evitando situações de intolerância religiosa ou crimes contra a dignidade humana”, afirmou a secretária Joelma Reis da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania de Marituba (SEMASC)
A palestra magna de Letramento Racial e Racismo Institucional, ministrada pelo gerente estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Seidrh, Denilson Silva, foi o ponto alto da programação, abordando como o racismo institucional impacta as políticas públicas e ressaltando a necessidade de capacitação contínua para acolher e tratar as demandas da população negra com respeito e eficácia.
Representantes de movimentos negros, quilombolas e de matriz africana também marcaram presença, reforçando a relevância do evento como um marco na discussão de igualdade racial em Marituba.
A secretária da Juventude de Marituba, Isabela Silva enfatizou a necessidade de políticas afirmativas voltadas à juventude negra no município, destacando o desafio de coletar dados precisos sobre a autodeclaração racial. “Esse levantamento é crucial para que possamos construir ações específicas e combater o racismo estrutural que ainda persiste”, destacou.
“Integramos nossas ações à Semana da Consciência Negra, buscando fortalecer a parceria com movimentos sociais e ampliar o impacto dos projetos”, explicou Swasilanne Fonseca, do Núcleo de Programas e Projetos da Emater/PA.
Da Redação Comus