Nesta quinta-feira (22), a Praça Matriz de Marituba foi palco de mais uma edição do “Circuito Histórico-Cultural Mariuara”, iniciativa promovida pela Secretaria Municipal de Cultura (Secult). A atividade reuniu estudantes das escolas Gracinda Pérez e Júlia Freire em uma visita guiada pelos marcos históricos da região central do município.
O Circuito Mariuara tem como objetivo apresentar à população, especialmente às crianças e jovens das escolas públicas, a história e os patrimônios ainda existentes em Marituba. A ação busca valorizar a memória local e fortalecer o turismo cultural, como parte das estratégias da Prefeitura para integrar o município ao contexto da COP-30, que será realizada no Pará em 2025.
Durante a visita, os alunos puderam conhecer pontos como as casas remanescentes da antiga Vila Operária, o monumento do Menino Deus, a estrutura da Caixa d’Água e o prédio onde funcionou a primeira escola do município — onde hoje está localizado o supermercado El Shaddai.
A condução da atividade contou com o apoio de professores de História e equipe técnica da Secult. O circuito tem acontecido com frequência e já chegou à sua quinta edição. A próxima parada será na Colônia, com a participação de mais uma escola convidada.
Segundo Diogo Mesquita, diretor de Patrimônios Históricos da Secretaria de Cultura, o Circuito Mariuara nasceu da necessidade de aproximar as crianças da história de Marituba. “A gente tenta resgatar a história da nossa cidade, contando um pouco dos patrimônios que ainda estão vivos. Hoje em dia, muitas pessoas não valorizam o que temos e nem conhecem a nossa história”, explicou.
A edição desta quinta contou com alunos de duas turmas da Escola Gracinda Pérez e de uma turma da Escola Júlia Freire. “A gente caminha com eles aqui pela Praça Matriz, mostrando as casas remanescentes da época da Vila Operária, o monumento do Menino Deus, a antiga Caixa d’Água e o prédio que foi a primeira escola da cidade. São elementos que ainda estão de pé e que ajudam a contar a nossa história. Queremos que os estudantes vejam, toquem, e com isso passem a valorizar mais a identidade do lugar onde vivem”, afirmou Diogo.
Um dos momentos curiosos do circuito foi a lembrança do nome original da primeira escola de Marituba: Escola Mista da Vila de Marituba. O prédio, construído em 1909, não era apenas espaço de ensino. Nele também foram realizados os primeiros atos religiosos da localidade, como a primeira missa campal registrada no município. Posteriormente, no mesmo terreno, foi construída a capela que deu origem à atual Paróquia Menino Deus, um dos marcos religiosos da cidade.
Outro ponto abordado na visita foi o papel da estrada de ferro na história de Marituba. A Caixa d’Água presente na Praça Matriz, por exemplo, era utilizada para abastecer as locomotivas que circulavam na linha férrea, elemento fundamental para o crescimento e ocupação da região no início do século XX.
O impacto da atividade também pôde ser percebido nos olhos atentos dos estudantes. Íssela Vitória, aluna do 6º ano da Escola Gracinda Pérez, foi uma das participantes mais entusiasmadas. Aos 11 anos, ela resumiu sua experiência com simplicidade e curiosidade.
“Está muito legal. O que mais me chamou atenção foi esse lugar que hoje é um mercado, mas que antigamente era uma escola. Eu nem imaginava isso!”, comentou a estudante
Quando perguntada sobre o nome da antiga escola, Vitória respondeu com segurança: “Acho que era Escola Mista da Vila de Marituba.” E acertou em cheio.
Outro destaque foi a participação de Osias Davi Sodré da Silva, de 13 anos, aluno do 7º ano da Escola Júlia Freire. Para ele, a experiência foi enriquecedora. “Eu achei um evento muito bom, principalmente porque é bom pra gente saber da origem da nossa cidade, do lugar que a gente mora. Uma cidade tão amada”, ressaltou.
Secretaria de Comunicação de Marituba
